quarta-feira, 31 de março de 2010

Finalmente...




... a plenitude que precisava e que há tanto tempo ansiava! Finalmente a hora andou para a frente e embora seja apenas uma porção de tempo, uns ínfimos 60 minutos, proporcionam tanta mais vida aos meus dias.
Uma das coisas que mais gosto nesta vida é o Surf, proporciona-me momentos e sensações que não consigo descrever e só quem pratica consegue perceber. É aqui que tudo se conjuga, esta parcela de tempo trás-nos dias mais longos e a oportunidade de aproveitar a natureza um pouco mais, um pouco mais que significa tanto mais para mim.
O que mais me custa quando estamos no horário de Inverno é o pensamento de saber que possivelmente só vou surfar no fim de semana devido ao trabalho laboral, e quando digo possivelmente é porque o Surf não é como andar de bicicleta, onde pego na bicicleta e ando há vontade. No Surf dependo do mar, dependo das ondas, dependo de mim...
A mudança de hora permite-me surfar no final do trabalho e mesmo que não haja ondas, permite-me ter no pensamento que se der ondas eu posso e vou estar lá. Não é só aquela hora e meia ou duas de surf que contam, todo o meu dia fica mais alegre e trás uma imagem nova até do meu trabalho.
Sair a correr para o carro e chegar o mais rápido que posso à praia, ver o mar, entrar e encontrar três ou quatro pessoas, normalmente amigos (locais), serem estes pessoas que estão lá porque gostam, porque admiram o real espírito do Surf, e não porque é giro e têm muita gente na praia vê-los de prancha na mão. No fim de tarde tudo é mais especial, mais profundo, não existem dezenas de surfistas a disputar uma onda, não existem zangas.
Estar ali sentado na prancha, à espera do set e a descansar, já com dez ou mais ondas surfadas, só eu, um amigo, o pôr do sol a passar por entre as nuvens e a deixar aqueles raios de luz que aparecem só nas mais bonitas fotografias e no fim de tudo isto começar a chover e aparecer um arco íris lá no horizonte, é sem duvida mágico.
Ontem foi assim!!! Tal e qual...







sexta-feira, 12 de março de 2010

Todos os "pedacinhos" de um grande Amor


Questiono-me várias vezes se a vida realmente dá de um lado e tira do outro...

Não sei, mas arrisco-me a descobrir, arrisco-me a deixar-me levar pelo Amor, sem o medo de que a vida me possa trazer alguma contra partida.

A saudade para alguns é uma das contra partidas, para mim, é apenas um "pedacinho" de um grande Amor. É difícil aguentar uma grande saudade, mas o momento do reencontro é tão mágico que vale a pena suportar a mais forte das saudades... aprendi que é o Amor e não o tempo que cura todas as feridas.

Uma pessoa que nos consegue dar e oferecer todos os "pedacinhos", sejam eles a vontade enorme de querer-mos estar com ela, sejam aqueles olhares que nos lêem os pensamentos, sejam aqueles toques que tornam simples momentos em momentos inesquecíveis. Isso é um grande Amor... e eu descobri o meu!



"Aprendi que não posso exigir o Amor de ninguém...

Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...

E ter paciência para que a vida faça o resto..."

(William Shakespeare)

quinta-feira, 4 de março de 2010

Devaneio de Um Coração Contorcido



A incógnita de um coração apaixonado...

Perante a surpresa constante da vida existem momentos que nos levam a uma atitude que nem nós próprios conseguimos explicar, atitude essa que arrasta consigo uma infinidade de consequências, mágoas e arrependimentos.

Um coração inundado de amor, é um coração vulnerável. Capaz de se contorcer, esmagar e picar vezes sem conta. Trás um sentimento que nos derrete a alma e os sentidos, tal como um cancro nos derrete e suga a vida. Mas esta morbidez manifestada por uma anormalidade de sentimentos ou uma certa visão amarga da vida, é fraca, minúscula e desaparece com o mínimo gesto ou expressão de amor. Basta um beijo, um abraço, um olhar ou uma palavra de carinho para extinguir este lado absurdo do amor, da paixão...


A força de um amor ou de uma paixão é tal, que nem mesmo o ciclo da terra se atreve a alterá-lo.
Tem dimensões e arestas que nenhuma geometria tem capacidade de estudar.


Não temam o amor, deixem-se inundar pela paixão... essa sim, dá sabor à nossa vida!

terça-feira, 2 de março de 2010

O contorno de uma lágrima



Qual a nossa definição mais lógica de "Lágrima"?

Uma lágrima é muito mais que uma gota de água, muito mais que um reacção do nosso corpo, muito mais que um livro...! Cada atitude, cada palavra , cada olhar, se infiltra em nós e percorre uma imensidão de informação, imagens e memórias das quais nem o nosso subconsciente se apercebe e que quando dá-mos por nós temos uma lágrima na nossa vida.

O caminho que uma lágrima percorre é muito maior que o nosso rosto...

Acredito que nascem nos nosso olhos porque talvez seja no nosso olhar que estejam retratados os nossos valores mais profundos.

Não tentem esconder, nunca, uma lágrima. Estarão a tentar esconder uma parte de vós...